Artigos Publicados
UM OLHAR PARA A NARRATIVA FÍLMICA: TRAMAS ENTRE O ENSINO DE FILOSOFIA E O AUDIVISUAL
Autor: Júlio César Ferreira de Matos Freitas
Por: Joyce H. Santos de Morais - Discente do Curso de Licenciatura em Filosofia
A filosofia é alvo de ataque desde o período antigo quando Sócrates foi condenado por corromper a juventude. Em seus diálogos em Atenas, o filósofo questionava através da filosofia, as razões que levam certas perspectivas a provocarem o interlocutor a pensar sua realidade com profundidade. Nesse processo, é essencial enxergar o conhecimento como um meio e não como apropriação definitiva. Esta é uma das especificidades da filosofia, o que talvez motive seus ataques, ela é “portadora de más notícias”, pois demonstra o quão frágil é tudo aquilo que já está dado como verdade absoluta. Estas e outras considerações foram aprofundadas no texto em questão elaborado pelo estudante Júlio César durante a disciplina de Laboratório de Produção Filosófica (2022-1). O autor evidencia que a arte e o cinema também são formas de interpretar e confrontar a realidade e podem auxiliar no diálogo com outros segmentos da sociedade, uma vez que possibilitam a criação de novas imagens. Ao longo do texto estão “costuradas” algumas falas do filme analisado, como uma tentativa de alinhar o texto às imagens, destacando a magnitude da experiência cinematográfica no ensino de filosofia.
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ORGANIZAÇÕES SOCIAIS NA ESCOLA PÚBLICA EM GOIÁS: PROBLEMAS ÉTICOS
Autor: Pedro Romário Santos da Silva
Por: Camila Mandu - Discente do Curso de Licenciatura em Filosofia
O cenário educacional nacional e estadual passa por uma série de problemas relativos à própria estrutura política do país, mais especificamente no que tange o ensino de humanidades. Compreender melhor o que está por trás de tamanhas dificuldades de desenvolvimento educacional nos faz vislumbrar o caráter intencional do governo e um “ar” de projeto de desmobilização do ensino de humanidades implícito às convocações dirigidas às empresas privadas. Segundo a lei, as OS’s são qualificadas como organizações sociais, conforme o próprio nome dado, contudo, são as empresas privadas que se apresentam para gerir a educação e a saúde pública em Goiás.
Nesse sentido, a meta do então governador de Goiás, Marconi Perillo, foi transferir a gestão de mais de 20 escolas a essas empresas, ainda em 2016. As questões que se apresentam disso são: os empresários interessados só queriam fazer filantropia? Do dia para a noite – como inclusive foi o processo de criação de algumas empresas qualificadas – um empresário resolve ser benevolente com a educação pública estadual ou teriam interesses escusos por trás dessa intenção? Quais interesses seriam esses? Esse artigo, produzido no ano de 2016 e de autoria de Pedro Romário, é um convite para a reflexão sobre o assunto.
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FILOSOFIA E ESCOLA: UMA EXPERIÊNCIA DE FORMAÇÃO NO CEPAE/UFG COM A PRODUÇÃO DE TEXTOS SOBRE “A SOCIEDADE DE CONSUMIDORES E SUA PROMESSA DE FELICIDADE"
Autoras(es): Adriana Delbó Lopes, Carmelita Brito de Freitas Felício e Evandson Paiva Ferreira.
Por: Beatriz S. Pereira de Lima - Discente do Curso de Licenciatura em Filosofia
Este texto relata uma experiência ocorrida no Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação (CEPAE/UFG), no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID). Trata-se do I Concurso de Texto Filosófico, cujo tema era “A sociedade de consumidores e sua promessa de felicidade”. O texto faz uma reflexão sobre o papel da/o filósofa/o enquanto aquela/e que faz um diagnóstico da cultura; a experiência como geradora desse pensamento que avalia; e a escrita não como mera formalização de ideias, mas como um movimento do pensamento. Nesse sentido, o texto faz um elogio aos/às estudantes por aceitarem o desafio de pensarem no seu presente escolar sob a perspectiva do consumo, assumindo o desafio de mobilizarem seus pensamentos sobre a questão. Além disso, o PIBID também é destacado como a raiz dessas experiências.
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O “ACONTECIMENTO” PIBID DESDE O LUGAR DE ONDE FALAMOS: O CURSO DE LICENCIATURA EM FILOSOFIA
Autora: Carmelita Brito de Freitas Felício
Por: Henio Pereira Rezende - Discente do Curso de Licenciatura em Filosofia
O texto explora um acontecimento no curso de Licenciatura em Filosofia na Universidade Federal de Goiás (UFG), o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID). Segundo a autora Carmelita Felício, o programa contribuiu para reforçar o trabalho de pesquisa feito no curso de licenciatura que muitas vezes é ofuscado pela separação errônea entre pesquisa, associada ao bacharelado, e ensino, à licenciatura. A experiência do PIBID pode mostrar como a interdisciplinaridade, proposta pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, não ocorre, tendo em vista a formação estanque que a Universidade oferece. O trabalho na escola campo também demonstrou que há um interesse pela interdisciplinaridade por parte das professoras e professores, mas sua efetivação ainda é um desafio. Outra experiência que o PIBID possibilitou, foi a leitura e a escrita de textos filosóficos que resultaram em dois outros acontecimentos: a organização de ensaios por parte dos estudantes integrantes do programa, buscando pensar a cultura escolar atual; e um concurso de texto filosófico, organizado em uma das escolas onde o programa atuou, o Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação (CEPAE/UFG).
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ESTILOS DE ESCRITA FILOSÓFICA E MODOS DE EXPRESSÃO DO PENSAMENTO
Autoras(es): Carmelita Brito de Freitas Felício, Eduardo Ferraz Franco e Thaís Rodrigues de Souza
Por: Henio Pereira Rezende - Discente do Curso de Licenciatura em Filosofia
A escrita de textos de cunho filosófico faz parte da experiência filosófica. É uma condição necessária para a formação das/os estudantes no ensino médio. No entanto, para escrever filosofia devemos aprender a ler filosofia, sem perder a percepção crítica do que lemos. Estes são os temas tratados nesta pesquisa realizada pelo aluno Eduardo F. Franco e pela aluna Thaís Rodrigues de Souza, sob orientação da professora Carmelita Brito de Freitas Felício, no projeto PIBID de Filosofia ocorrido entre os anos 2010 e 2011.
Tal pesquisa partiu de uma oficina que constituía-se de leitura de textos filosóficos e práticas de escrita como uma vivência da filosofia. A estratégia adotada partiu de problemas com os quais as/os bolsistas lidavam ao estudarem filosofia. Posteriormente as/os alunas/os da oficina poderiam se inspirar nos textos e relacioná-los à sua realidade. Em seguida, foram escolhidos o aforismo e a carta como estilos de escrita filosófica. Algumas destas produções das/os alunas/os estão expostas ao final do texto, mostrando resultados interessantes.